Eu Sou um Milagre do Ventre da Minha Mãe

 Eu Sou um Milagre do Ventre da Minha Mãe

 

Essa é a minha história

Esta história começa com uma mulher que teve quatro filhos. Em sua quinta gestação, seu bebê nasceu com leucemia e, após alguns dias de vida, faleceu. Essa mulher se encontrava fraca, cansada, exausta com seu matrimônio e seus filhos pequenos, com pouca provisão e também pouca alegria.

Apenas alguns meses após perder o bebê, ela engravidou novamente. Dessa vez, o médico a alertou de que os resultados de seus exames de sangue não estavam bons e a encaminhou para fazer uma ultrassonografia.

Era o ano de 1985, uma época em que os médicos não costumavam solicitar ultrassonografias, a menos que a gestação estivesse em risco. E esse era o caso da dona Nilza. Pelos resultados dos exames, era quase impossível que seu bebê estivesse bem.

Então, ela foi orientada a fazer o exame. Nessa altura, já estava com seis meses de gestação. É até curioso pensar que, com tantas semanas de gravidez, ainda não tivesse feito nenhuma ultrassonografia. Ela conta que, na época, quando um exame como esse era solicitado, as pessoas ficavam apreensivas, pois achavam que poderia ser algo perigoso.

Bom… após realizar o exame, chegou a hora de receber o resultado. E essa foi a frase que minha mãe ouviu nitidamente:

— A senhora não precisa fazer o enxoval de bebê para essa criança, porque ela não vai sobreviver por muito tempo. Terá apenas algumas horas de vida, ou até mesmo alguns minutos. Isso só saberemos no dia do nascimento.

E o médico continuou:

— Seu bebê, com tantas semanas de gestação, tem apenas a cabeça formada. A parte de baixo do corpo parece feita de palitos de fósforo. Seu bebê vai parecer um monstro.

Parecia o primeiro boneco que aprendemos a desenhar na escola: uma bolinha em cima e o restante feito de palitinhos. Essa foi a expressão usada por dona Nilza ao me contar essa história.

 

Ao voltar para casa, em choque com a notícia, minha mãe foi ao culto e pediu oração ao presbítero logo após o término da reunião. Ela disse que fez isso porque leu nas Escrituras:

“Há alguém doente entre vocês? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, e que estes orem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente, e o Senhor o levantará. Além disso, se houver cometido pecados, ele será perdoado.”

‭‭Tiago‬ ‭5‬:‭14‬-‭15‬ ‭(NVI)‬

Veja a fé dessa mulher! Sim, essa fé sempre me inspirou. E é por isso que hoje sei do meu chamado para contar as maravilhas que Deus faz.

Minha mãe, dona Nilza, voltou para casa e disse que confiava tanto nessa passagem bíblica que, nos cultos seguintes, quando as pessoas sugeriam que ela pedisse oração novamente, ela recusava, respondendo:

— A oração já foi feita, e a resposta virá no dia do nascimento.

Então, no dia do meu nascimento, vários médicos estavam ao lado dela, posicionados, pois não sabiam o que esperar. Não sabiam se nasceria um bebê ou um monstro (segundo a expressão usada pelo médico).

O momento do parto foi cercado por grande expectativa. Minha mãe conta que, apesar de tudo, estava tranquila e sentia paz dentro dela.

Ela também conta que não fez meu enxoval. Mas não porque achava que eu morreria. Pelo contrário, essa foi a gestação em que ela mais desejou ter condições para preparar tudo, apenas para provar que Deus estava cuidando de mim em seu ventre. Ela tinha certeza de que eu seria um bebê saudável.

Quando nasci, minha mãe ouviu meu choro, mas os médicos não me mostraram imediatamente. Eles festejaram e ficaram surpresos! Queriam me examinar para ver se eu estava bem. Depois de alguns minutos, a enfermeira trouxe um bebê perfeito aos braços dela.

O médico que havia desenganado minha mãe disse:

— Tem coisas que a medicina não consegue explicar. O seu Deus é forte.

 

Hoje, sempre conto esse testemunho para mim mesma, para me lembrar do porquê Deus me deu a oportunidade de viver. Sei que não fui criada para apenas passar por este mundo sem propósito algum. Nossas vidas foram feitas para o louvor da glória de Deus, e Ele nos dá missões e destinos. Um deles é falar do Seu amor e da Sua graça.

Minha mãe conta que, dos seis filhos que teve, eu fui a que menos deu trabalho com saúde. Raramente ficava doente. A única coisa que me afetava era a garganta inflamada, que só melhorava com Benzetacil. Hahaha! Lembro bem disso! Desde pequena, essa injeção era a solução para minha garganta inflamadíssima quando piorava.

Que esta história seja uma luz para quem a ler. Que, de alguma forma, você seja tocado pelo mesmo poder que me curou e seja restaurado por completo, recebendo vida e esperança em abundância.

 

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